segunda-feira, março 03, 2008

Estréia em 1 mês!!! Os Javalis



Estréia para convidados no próximo dia 04 de abril (sexta-feira), às 20h, na Sala do Coro do TCA a nova produção do Teatro NU Os Javalis, com texto e direção de Gil Vicente Tavares. No elenco, Carlos Betão (concorrendo ao Braskem 2007 de melhor ator, com Josefina, a cantora dos ratos) e Marcelo Praddo (melhor ator Braskem 2002). O artista plástico Euro Pires assina cenário e figurino, a imagem do cartaz é do artista plástico Gaio e o design de Ana Paula Vasconcelos. A iluminação do espetáculo será mais uma vez de Eduardo Tudella, parceiro constante de Gil. Jônathas Araújo/Labfoto fez as fotos. O responsável pela trilha e efeitos sonoros é Luciano Bahia. A produção desta montagem, contemplada com o prêmio Manoel Lopes Pontes da Funceb, é das produtoras associadas As 3 Produções e Fernanda Bezerra. Os Javalis segue em temporada apenas em abril de sexta a domingo, sempre às 20h. Os ingressos custam R$ 14 e R$ 7.


O texto Os Javalis é inspirado livremente na peça Os Rinocerontes de Eugène Ionesco, destacado autor da tendência e estética do Teatro do Absurdo. O espetáculo apresenta uma situação inesperada: a chegada de um vendedor à casa de um solitário e recluso aposentado para contar-lhe da invasão de javalis na cidade em que moram. Através desta situação metafórica, o texto pretende tratar da contínua invasão do consumo e do mercado, “devorando” os anseios mais particulares dos homens e pressionando uma homogeneização de seus gostos e vidas.
“A estrutura circular da peça, que no fundo se mostra uma espiral sem fim, busca retratar a falta de saída que encaramos a vida, bem como a falta de mudanças que tanto ansiamos e nunca vemos, talvez porque elas precisem partir da gente, de nosso ponto de vista, e não do que está atrás da porta”, destaca o autor Gil Vicente.
Os Javalis leva às últimas conseqüências a coisificação do homem contemporâneo, sua crise de identidade, de postura, bem como a falta de atitudes. “Muitos de nós queremos mudanças. Há espera eterna por algo que mude. Uma angústia eterna pra que as coisas se modifiquem, enquanto ficamos em casa vendo TV e reclamando dos outros, sem tomarmos atitude nenhuma, crendo sempre na derrota ou na salvação fugaz, frágil, inconsistente, que gera sempre uma volta, uma sempre e eterna morte de nós mesmos”, analisa Gil Vicente, que também dirige o texto.
O Teatro NU
O Teatro NU pretende ser um pólo constante de discussão e produção do teatro no que se refere à montagem de textos inéditos, de autores baianos, brasileiros e estrangeiros, colocando a dramaturgia sempre como foco e divulgando uma arte que é sempre tida como morta, mas que se renova e toma fôlego nos quatro cantos do mundo. Além disso, pretende ser um núcleo artístico – aberto a trocas e intercâmbios -, mas que foca seu trabalho, principalmente, na pesquisa diária de idéias necessárias ao palco, num processo interno de diálogo entre seus componentes.
A possibilidade de se fazer um teatro concentrado no trabalho do ator, deixando o texto em evidência através de um aprofundamento da interpretação, bem como deixar transparecer em cena as questões levantadas pelo texto para criar, ao fim da peça, uma reflexão – ao invés de uma catarse, um alívio, uma tristeza – são motivos que também orientam o grupo.
Serviço:
Os Javalis, de Gil Vicente Tavares
Com: Carlos Betão e Marcelo Praddo
Cenário: Euro Pires
Iluminação: Eduardo Tudella
Trilha e efeitos sonoros: Luciano Bahia
Assistência de direção: José Jackson
Produção: As 3 produções e Fernanda Bezerra
Local: Sala do Coro do Teatro Castro Alves
De sexta a domingo. Sempre às 20h

6 comentários:

Anônimo disse...

PARABÈNS< JUJU!!!!
Tô na torcida!
NEsta estarei em Salvador! Vou te ver!
beijo,
Andréia Nascimento

Jussilene Santana disse...

Prima! Vc está on-line? Vai para o msn...
beijossss

Anônimo disse...

Ficamos aqui então na espectativa da estréia.
Estamos realmente precisando de espetáculos para refletir.

Merda para todos

Karol Senna

Jussilene Santana disse...

Karol, obrigada!
Estamos esperando vc lá.
grande abraço,
Jussi

Jussilene Santana disse...

Aos amigos e perguntadores que ficaram confusos: não, eu não estou nesta montagem como atriz! Gil escreveu o texto para dois homens que, no nosso caso, serão interpretados por dois arrasa-quarteirões do teatro baiano: Marcelo Praddo e Carlos Betão. Conversei com os dois ontem depois do ensaio e vou contar, dois talentos imeensos que dá gosto de ver juntos, trabalhando para nosso puro deleite artístico mais uma vez. Há uma sintonia incrível entre os dois. Eu, particularmente, estou na produção geral do Teatro NU e na assessoria de comunicação da peça.
E fazendo mais projetos. :)

Anônimo disse...

Professora Jussilene, bom dia,
há como a senhora entregar para a gente o texto dos Javalis?
grande abraço,

dayanne pereira