terça-feira, setembro 26, 2006

TEATRO NU ESTRÉIA EM OUTUBRO - OS Amantes II


Estréia no dia 26 de outubro, no Teatro do SESI, no Rio Vermelho, o espetáculo Os Amantes II, com texto e direção de Gil Vicente Tavares. No elenco, Carlos Betão, Carlos Nascimento e Jussilene Santana. A montagem é a primeira encenação do nosso Teatro NU, um grupo que visa pesquisar a dramaturgia clássica e contemporânea, assim como desenvolver projetos que aprimorem a escrita de dramas em nossa cidade.

O cartaz de Os Amantes II é assinado pelo artista plástico baiano Gaio, que futuramente será responsável pela estética do blog do nosso grupo(http://teatronu.blogspot.com). Gaio foi um dos artistas recentemente contemplados pelo Projeto Trajetórias-2006, com seleção nacional da Fundação Joaquim Nabuco.

SINOPSE - A partir de uma televisão quebrada, um casal discute sua realidade como nunca haviam feito. Religião, arte e relacionamento a dois, são alguns dos temas que surgem no embate entre os dois amantes. A situação se torna insustentável quando um técnico em aparelhos visita a família.

SERVIÇO - Os amantes II - texto e direção de Gil Vicente Tavares. Com Carlos Betão, Carlos Nascimento e Jussilene Santana. Cenário e figurino de Euro Pires. Iluminação de Eduardo Tudella. Projeto de imagem do Teatro NU e do cartaz por Gaio. Uma produção de Sandro Barral. Teatro Sesi – Rio Vermelho, só as quintas, sempre ‘as 21h. Ingresso R$16 (inteira). Estréia 26 de outubro e segue até final de novembro.

domingo, setembro 24, 2006

Notas sobre a montagem de Os Amantes II


Cada vez mais eu percebo que o que difere o teatro da dança e da performance é justamente a busca de um teatro mínimo. Este termo, que não sei se foi usado anteriormente – mas pela obviedade deve ter sido – significa trabalhar o pequeno, o íntimo, a entrelinha do que se pode dizer.
No meu atual processo de montagem, estou me deparando com um processo inteiramente novo, que é dirigir uma peça minha, em caráter profissional. A insegurança de me limitar na criação pelo fato de eu ser o autor foi substituída pelo prazer de – trabalhando com três atores generosos, talentosos e dispostos – buscar no mínimo, no íntimo, aquilo que o teatro pode fazer melhor do que ninguém: transformar o verbo em carne.
Não sou daqueles puristas que pensam um teatro pobre, sem imagens, e a prova disso foi minha última montagem, no Vila Velha, de clássico de Wedekind, O Despertar da Primavera (conferir foto da montagem acima). Contudo, nada é mais “teatral” do que este jogo íntimo dos atores. Nada substitui o trabalho incessante de criação de cenas, de atmosferas a partir da dissecação de um texto, de uma palavra, de um diálogo.
As imagens podem funcionar, emocionar e entreter, mas penso que a força do teatro não está nisso, e sim no seu poder de seduzir pelo gesto, pela palavra. Instalações podem dizer muito, coreografias também, e a imagem está à disposição delas, mas este trabalho íntimo do ator é sua pedra de toque.
Percebo que cada vez mais eu procuro este teatro mínimo. Mesmo no Despertar, a despeito de luzes, panos e formas, foi no trabalho delicado e dedicado com o ator que tentei despetalar o texto de Wedekind. É isto que pra mim é o mais importante do teatro. É nisto que está sua magia.
A espetaculosidade dos nossos dias, com filmes fantásticos, espetáculos suntuosos e propagandas mirabolantes, faz com que nosso olhos se viciem na imagem e esqueçam o conteúdo, o que está sendo dito, e, principalmente, como está sendo dito. Foucault já dizia que a palavra é a coisa. No teatro, ela é a essência. E não me venham com história de mímica. O gesto é a palavra deste teatro; e tem que ser bem dito.
Gostei deste termo: teatro mínimo. Mais do que essencial, mínimo. Penso ser esta a arte que o Teatro Nu procura. No mínimo.

GVT.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Sandro Barral - Produtor


Sandro Barral não é só o produtor do espetáculo Os Amantes II, como vestiu a camisa do Teatro NU. Com ele, temos inúmeros projetos e propostas de parcerias. 2007 que nos aguarde! Sandro trabalha na Fundação Cultural do Estado da Bahia e tem experiência na produção de peças, como O que de longe parece ser um verso em branco, de autoria de Claudia Barral (que não é sua irmã!)

Liliana Matos - Assistente de Direção


Liliana Matos, nossa assistente de direção, é licenciada em Teatro pela Ufba. Atualmente, é professora de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia. Liliana já participou de espetáculos como atriz e dançarina. Também está sendo responsável pela preparação corporal do elenco.

Ensaios no Pátio do ICBA

Os ensaios acontecem no agradável ambiente do pátio do ICBA (Instituto Goethe) numa parceria com o Goethe Café.

Euro Pires - Cenografia e figurino


O cenógrafo e figurinista Euro Pires, nome bastante atuante nas artes cênicas de Salvador, integra a equipe de Os Amantes II.
Entre outros trabalhos, Euro assinou os cenários de Vixe Maria - Deus e o Diabo na Bahia, Irmã Dulce e Um dia, um sol, com este trabalho ganhou o prêmio de melhor cenário, no Festival Universitário de Blumenau.

Um ensaio com toda EQUIPE


A foto ao lado mostra um dos nossos primeiros ensaios. Sandro Barral, nosso produtor, está de camisa laranja. No sentido horário, estão o diretor Gil Vicente, o ator Carlos Nascimento e, de costas, o cenógrafo e figurinista Euro Pires.

Os Amantes I, de René Magritte

Os Amantes II, de René Magritte

quarta-feira, setembro 13, 2006

EQUIPE - ATORES


Carlos Betão é um dos mais atuantes atores de sua geração, tendo participa de inúmeros filmes e peças. Em Salvador, atuou nas montagens de Os Iks e O Sonho. Foi duas vezes indicado como melhor ator coadjuvante pelo Prêmio Copene de Teatro (atual Braskem), pelas peças Baal (Bertold Brecht / Harildo Deda) e A Vida de Galileu (Brecht/Elisa Mendes). Vale destacar também sua atuação na televisão (Marcas da Paixão, na TV Record) e no cinema (Memórias póstumas de Brás Cubas, direção de André Klotzel).

Carlos Nascimento atuou em grandes montagens que povoam o imaginário das artes cênicas de nossa cidade, como Eduardo II, A noite das tríbades e Tango. Recebeu, ao longo de sua carreira, vários prêmios como ator, entre eles o Bahia Aplaude, em 1996, com o espetáculo Noite Encantada, sob a direção de Ewald Hackler.

A mestre em artes cênicas Jussilene Santana é atriz premiada pelo Braskem (2005), com Budro e, como jornalista, recebeu os prêmios de melhor reportagem pelo Banco do Brasil (2002) e ABI (2003), entre outros. Foi indicada ao Braskem de teatro (2004) pelo seu desempenho em As lágrimas amargas de Petra von Kant, com direção de Elisa Mendes. Interpretou A mulher de Roxo, no primeiro episódio televisivo do POTE.

TEATRO NU em ROMA

Em julho deste ano, o texto Os Amantes II (Gli Amanti II) de Gil Vicente Tavares, do nosso Teatro NU foi lido na Itália, numa oficina de intercâmbio de dramaturgia entre Roma e Salvador, organizada pelo Teatro della Cometa, com direção artística de Franco Clavari. Os participantes da oficina foram: Gil Vicente Tavares, dramaturgo e diretor; Pietro Bontempo, diretor e ator; Letizia Russo, autora, traduziu os textos de Gil Vicente Tavares; Giuseppe Antignati, Crescenza Guarnieri, Paolo Giovannucci, Antonio Ianniello, atores. Na ocasião, ainda foi lido outro texto de Gil Vicente, Os Javalis (I Cinghiali), tendo a mostra curadoria de Rodolfo di Giammarco, crítico do jornal la Repubblica e diretor artístico de vários festivais, entre os quais Garofano Verde, Trend e Under 13.